8 erros que (quase) todos os pais cometem

8 erros que (quase) todos os pais cometem

Todos os pais cometem erros. Não acredita? Pense no seus pais. Em 60 segundos, de quantas coisas se consegue recordar que o seus pais tenham feito de forma errada?

Ninguém e infalível, sobretudo os jovens papás. De seguida enumeramos alguns dos nossos erros e alguns que fomos lendo.

Tudo é uma preocupação!

Desde o primeiro choro até muitos meses mais tarde, a maioria dos pais vive sob ansiedade permanente. Qualquer coisa possa acontecer ao seu bebé: “Será que está a comer o suficiente?” “Está a chorar muito ou chora pouco?” “Estará doente?” “Serão cólicas?” Os bebés conseguem aperceber-se de toda ansiedade à sua volta e ficam também “ansiosos”.

A preocupação constante sobre tudo e mais alguma coisa, retira a espontaneidade e a felicidade de se ter um bebé. Os bebés são muito mais resilientes do que pensamos.

Não deixar o seu bebé chorar.

Como pais, assumimos que o nosso dever é não permitir que o nosso bebé chore. Talvez porque tendemos a associar o chorar a algo que estamos a fazer de errado. O seu bebé pode estar com fralda mudada, bem alimentado, quentinho e aconchegado e, mesmo asssim, chorar sem parar. Lembre-se que chorar é a primeira forma de comunicação de um bebé. Não significando, que não o pode aconchegar enquanto chora.

Achar que o leite materno é “fraco”.

O leite materno não é fraco, pode é não ser em quantidade suficiente. A composição do leite materno varia (imenso) ao longo de toda amamentação. Além disso, é de longe o melhor alimento que pode oferecer a um bebé.

Confundir bolsar com vomitar.

A grande diferença é a frequência e o momento em que ocorrem. Nada tem a ver com a “força do jacto”. O bebé pode bolsar, sobretudo, após as refeições. Os vómitos surgem em surtos e não estão directamente relacionados com a ingestão de alimentos. Podem manisfestar-se de hora a hora, como por exemplo, nas gastroenterites de etiologia viral.

Não detectar um pico febre.

Febre superior a 38ºC, medida com um termómetro timpânico ou rectal, num bebé com menos de três meses, é uma emergência pediátrica. A única excepção é se a febre surgir 24h após as vacinas. Os bebés com poucos meses não têm um Sistema Imune capaz de lidar com infecções. A febre é um mecanismo de defesa inato, cujo objectivo é aumentar a temperatura corporal na tentativa de matar alguns microrganismos através de temperatura mais elevada. A testa é um mau indicador de febre! Um dos melhores locais é a nuca. Se acha que este local está muito quente, recorra a um termómetro. A temperatura rectal é a mais fidedigna, embora a temperatura timpânica seja muito fiável também.

Não instalar correctamente a cadeirinha no automóvel.

Quem já tentou instalar um cadeira num autómovel já lidou seguramente com esta frustração. A maioria dos livros de instruções das cadeirinhas são confusos e mal traduzidos para Português. Se tiver dúvidas, pergunta a alguém com uma a cadeira igual ou desloque-se até à loja onde a comprou. Se comprou a cadeira online, a maioria das marcas disponibiliza vídeos no Youtube que ajudam a instalar correctamente as cadeiras.

Os sistemas Isofix são, de longe, os mais seguros quando bem instalados, infelizmente também são bastante mais caros.

Negligenciar a higiene oral.

Alguns pais não se preocupam com a higiene oral dos seus filhotes até ser demasiado tarde. Nunca é cedo para começar a encorajar bons hábitos de higiene dentária. Mesmo sem dentes, pode limpar diariamente as gengivas com uma compressa húmida. Logo que surja o primeiro dente, pode começar a usar uma escova macia e um gel dentifrico.

O nosso filhote, agora com 20 meses, adora escovar os dentes. Quando nos esquecemos, ele próprio vai buscar a escova e a pasta de dentes. Obviamente que no fim de ele escovar os dentes, temos sempre que dar um “jeito” e escovar tudo novamente.

Procurar informação nos sítios errados.

Tanto na internet, como nas livrarias, abunda informação sobre puericultura. Muitas vezes, essa informação é veiculada por pessoas sem formação na área ou sem fundamento científico. Devemos ter sempre cuidado com o que lemos e ter o espírito crítico “sempre ligado”.

Na newsletter e no blog da MUAH, escrevemos sempre artigos com base em livros técnicos de Medicina ou em sites de referência como o WebMD ou o Medscape. Obviamente que toda a informação que transmitimos não é vinculativa, deve sempre consultar um médico!

Dois óptimos locais para procurar informação fidedigna, em português, são a Direcção Geral de Saúde e a Sociedade Portuguesa de Pediatria.

 

 

 

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